1 – Antes de simplesmente começar a pedalar de forma desenfreada, faça uma consulta com um médico e saiba quais são suas condições físicas atuais. Com isso você diminui as chances de lesão. E como a carga de intensidade será maior, fazer um check-up também é fundamental.

2 – Além de ajudar na melhora física e tornar sua rotina mais prazerosa, o ciclismo é um exercício com menos impacto. Dessa forma, quando realizado de forma alternada com a corrida, ele poupa partes do corpo que podem estar sobrecarregadas, como o joelho e o tornozelo. 

Para complementar, faça exercícios funcionais e de musculação, para trabalhar e preparar a musculatura de forma diferente, afinal, são muito exigidos durante ambos os treinos.

3 – Apesar dos benefícios das pedaladas, é necessária uma ressalva. Como seu foco é a corrida, seus treinos principais devem ser nessa modalidade. A bike vem apenas como a cereja do bolo. A orientação para começar é ir com calma, variar as modalidades poucas vezes na semana e, à medida que você observa melhora na qualidade e no desempenho da corrida, pode-se pensar em algo mais específico.

4 – Quando o assunto é recuperação de treinos mais duros de corrida, a bike é uma grande aliada. O ciclismo é muito utilizado para restabelecer mais rapidamente os atletas. De modo grosseiro, realizamos uma ‘limpeza’ no organismo, removendo o ácido lático. Se realizado de forma leve, o ciclismo pode ainda promover a melhora do fluxo sanguíneo nos membros inferiores e a redução da rigidez muscular e articular.

5 – Imagine fazer um longão, daqueles de botar inveja em qualquer corredor, sem sentir as suas pernas como pedaços de madeira no dia seguinte. Por oferecer um menor impacto e não exigir tanto do seu corpo quanto a corrida na relação distância/esforço, a bike pode oferecer os benefícios psicológicos dos treinos mais longos sem te deixar “quebrado” no dia seguinte.

6- Não force demais no começo e procure acertar o seu ritmo de forma confortável na bicicleta. Como o treino é uma novidade para você, talvez sinta alguma dificuldade na adaptação. Por isso, buscar a orientação de um profissional de educação física para conduzir esse planejamento é o melhor caminho.

(Fonte: Eduardo Bigarelli, diretor técnico da Bigah Assessoria Esportiva, de SP)