6 problemas nos pés de corredores e como resolvê-los

Atualizado em 19 de dezembro de 2017
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Em média, um corredor toca o solo com seus pés entre 160 e 180 vezes por minuto. Aliado a outros fatores, esse contato constante com o asfalto ou outros tipos de superfície faz com que estes membros estejam entre as partes do corpo mais agredidas pela corrida. O Ativo.com conversou com o dermatologista Rodolfo Mendonça, que atende no Higienópolis Medical Center, em São Paulo, para saber quais são os problemas nos pés de corredores mais comuns e como solucioná-los.

Problemas nos pés de corredores

Unha preta

A unha pode ficar preta devido a hematomas que acontecem pelo atrito intenso. Para evitá-los, é importante usar calçados um pouco mais folgados, lembrando que os pés incham durante a corrida. Vale também manter as unhas aparadas de forma rente aos dedos, o que evita o impacto repetitivo com o calçado.

Unha encravada

Um dos piores problemas nos pés de corredores é a unha encravada. Vários fatores predispõem essa condição, incluindo o formato da unha, dos dedos e a forma de cortá-la. Quando cortada em forma curva nos cantos, abre-se espaço para que a pele ao lado o invada. Assim, quando a unha voltar a crescer, não encontrará mais aquele espaço, adentrando o tecido que agora o ocupa. Casos mais graves ou recorrentes podem precisar de cirurgia local.

 

 

Formigamento

Formigamento no pé é um sinal de que o nervo responsável pelo membro está sendo agredido. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como uma lesão local, distúrbios hidroeletrolíticos e até hérnia de disco.  Portanto, a hidratação com reposição dos sais minerais necessários e alimentação adequada também ajuda. Entretanto, procure um ortopedista para confirmar que não se trata de algo mais grave.

Chulé

O chulé se forma devido a substâncias liberadas por bactérias que se proliferam no ambiente úmido e quente dos nossos pés. Essa condição também propicia a infecção por fungos que causam a frieira. Por isso, manter pés e calçados sempre bem secos é essencial. Vale trocar as meias mais vezes, se possível, e não repetir o calçado por dois dias consecutivos, para que o tênis fique arejado. Seu dermatologista também pode identificar se você sofre de outras condições tratáveis que facilitam a proliferação desses micro-organismos.

Calos

A pele do pé de um corredor apresenta um espessamento para se proteger contra as agressões sofridas pelas constantes passadas. Entretanto, áreas de maior pressão podem produzir um aumento excessivo da camada de queratina, formando os calos. Eles são duros e podem gerar dor durante a corrida. Os atritos e pressões serão mais ou menos intensos de acordo com o formato de cada pé e dos pontos de contato com o calçado. Logo, é importante identificar quais são essas áreas mais vulneráveis e protegê-las com curativos e/ou órteses específicas.

Bolhas

As bolhas ocorrem quando pontos específicos dos pés sofrem mais atrito do que o habitual, devido, por exemplo, ao tamanho e costuras dos calçados e até ao material das meias. Evitar essas situações é o melhor remédio. Entretanto, para bolhas já formadas, seu dermatologista pode lhe ajudar com medicamentos para remedir a situação.