Cadê o espirito olímpico?

Atualizado em 20 de setembro de 2016
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Obviamente, seria um honra carregar a tocha olímpica, já que a chama que perdura e vem do Olimpo representa muito para nós, atletas, mesmo que amadores. Confesso que não me inteirei sobre o procedimento e achava que só quem a carregaria seriam notáveis, atletas olímpicos, entre outros.

Ledo engano: havia 12 mil vagas. Ninguém me indicou. Não recebi convites de patrocinadores. Enfim, fiquei fora de um momento histórico. Restava-me assistir a algumas das injustiças brasileiras. Ex-atletas olímpicos que representaram o país outrora foram esquecidos da honraria em detrimento de  – pasmem – duplas sertanejas, cantores que mal sabem o que é esporte.

Aos condutores, restou o privilégio de carregar a tocha olímpica e depois guardá-la como relíquia e “memorabilia”. Eis que me vem um pensamento: “espero que nenhum condutor venha colocar sua tocha à venda num e-Bay, Mercado Livre ou afins”. Dividi essa reflexão no Facebook.

Não deu nem 5 minutos e meu amigo Alex Farias aparece com um print mostrando que o “defunto nem esfriou” e já temos tochas à venda. Um rapaz, agora dono da relíqua, pede a bagatela de R$ 30 mil pelo seu objeto histórico. Dias depois, outro print com o astronômico valor de R$ 120 mil, algo totalmente fora de realidade quando sabemos que há 12 mil delas por aí.

Depois de tantas coisas micadas no Rio 2016, poderíamos ficar sem essa falta de fair play. Cadê o espírito olímpico?