No esporte, não há razão para chateação

Atualizado em 21 de julho de 2016
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Com exceção de quem vive do esporte e o tem como fonte de renda (trabalho), acho que todos os esportistas podem se apropriar desta premissa: “No esporte, não há razão para chateação”.

O motivo é simples. O esporte é seu hobby, é algo que você escolheu fazer e que, como todo hobby, deve lhe dar prazer.

Já vi – e vejo – muitas pessoas que levam uma competição a sério demais, ou encaram um treino como algo supremo, que deve ser superado a todo custo para provar-se forte (a si mesmo, creio eu).

Já vi meninas chorando depois de perder para outra em uma corrida… Já me vi irritada por não zerar um trecho técnico de trilha, e já vi meninos “p´s” porque não foram escalados para pedalar na turma dos velozes e furiosos no treino x.

Mas me pergunto: FAZ SENTIDO?

Se você está verdadeiramente chateado, é preciso rever o que espera do esporte – virar uma “Superwoman ou um superman”?

Como já esclareci o que espero do esporte pra mim, não faz sentido nenhum me chatear na bike.

Posso, no meio de um pedal frio e chuvoso, tremer e não sentir os dedos dos pés, mas hei de agradecer ao universo por poder estar ali, onde eu queria estar!

Podem ser 5h30 e eu estar pronta para um treino específico. E quando já estiver longe de casa não dar certo de seguir, mas hei de agradecer.

Pode minha bicicleta virar mil pedacinhos de carbono e eu chorar pela perda como uma criança inconsolável (como aconteceu no ano passado), mas hei de agradecer.

E se eu chegar em último em uma corrida (como aconteceu recentemente), mas hei de agradecer.

E se eu me chatear com a bike, eu hei de repensar o que estou fazendo ali, pois em algum lugar eu errei a entrada da trilha certa.