Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
A grita neste último dia 31 de dezembro foi geral nas comunidades de corredores de rua do Brasil, que desabafaram contra os pipocas (ou bandits, como são chamados nos Estados Unidos) que se “infiltraram” aos montes na Corrida Internacional de São Silvestre.
Para quem não sabe, pipocas/bandidos são corredores que participaram de um evento oficial de corridas sem estar devidamente inscritos. São considerados “bandidos” pois roubam estrutura, espaço, medalhas e o precioso líquido dos corredores: a água.
Nesta São Silvestre com quase 30°C no pico da chegada, houve falta de água no percurso para os mais lentos, e claro, uma parcela considerável de culpa coube aos pipocas.
Com 30 mil corredores inscritos ‘oficiais’, no “olhódromo” tivemos uns 30% de pessoas não inscritas na competição cometendo a “apropriação indébita”, que é o crime previsto no artigo 168 do Código Penal Brasileiro, que consiste no “apoderamento de coisa alheia móvel, sem o consentimento do proprietário”. Como pode se observar, correr de pipoca é crime, e encontra tipificação no Código Penal Brasileiro.
São milhares de pipocas e, para organização, seja de que prova for, é tarefa árdua gerenciá-los. Dimensionar 10% a mais entre corredores é uma coisa, de 30% a 50% é outra bem diferente. E pergunta que faço: até que ponto a organização pode estimar pipocas sem colocar a segurança dos demais em risco?
Além disso, esses números dão álibis aos organizadores de terceirizarem a culpa – ou seja, se o pipoca não ferrar a prova de um jeito, ele ferra de outro.
Na São Silvestre, há dois tipos de pipocas: os “profissionais”, formados por corredores – e pior – muitos deles ostentando camisetas das assessorias mais caras do Brasil; existe também o pipoca “Migué”, que nem sabe o que são corridas de rua e estão ali por estar.
O pipoca profissional chega ao ímpeto de clonar o número de peito e assim enganar o staff, pegando a medalha que não lhe pertence, utilizando-se de estelionato, crime previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro.
Outra forma de burlar é o ‘2×1’. Um corredor inscrito cede a camiseta e número oficial ao colega, enquanto o pagante corre apenas com o chip. Ao final, ambos ganham medalhas.
Como vivi até esse ano para ver a São Silvestre passar na frente da minha janela, espero ver o dia em que os pipocas serão banidos sumariamente dos eventos, e que em alguns casos, passem – no mínimo – uma noite no xilindró. Afinal, esse é o lugar de quem aplica fraudes tipificadas nos artigos 168 e 171 do Código Penal Brasileiro.
Como diz o ditado: “O errado é errado mesmo que todo mundo esteja fazendo. O certo é certo mesmo que ninguém esteja vendo”. Não há meio termo. E corrida de rua ainda é um esporte feito de regras e à elas devemos seguir para o esporte perpetuar.
Pulem fora, pipocas.
Publicidade
Publicidade
Compartilhar Certificado
Salvar Pdf
Salvar Imagem
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. These cookies ensure basic functionalities and security features of the website, anonymously.
Cookie | Duration | Description |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |
Functional cookies help to perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collect feedbacks, and other third-party features.
Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.
Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.
Advertisement cookies are used to provide visitors with relevant ads and marketing campaigns. These cookies track visitors across websites and collect information to provide customized ads.
Other uncategorized cookies are those that are being analyzed and have not been classified into a category as yet.