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Tipos de fibras musculares: as principais características de cada

Atualizado em 20 de agosto de 2021
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Desde as aulas de biologia na escola, os professores falavam sobre os diferentes tipos de fibras musculares: as de contração lenta (tipo I) e as rápidas (tipo II).

Se você prestou atenção, talvez lembre que eles também ensinaram que, em um maratonista, as fibras do tipo I são predominantes; enquanto em um atleta de curtas distâncias, o tipo II é o mais encontrado. Mas todas as pessoas possuem os dois tipos de fibras em seu corpo.

“Há o predomínio de um tipo sobre o outro dependendo do grupo muscular e de fatores genéticos”, explica Luis Carlos Reis, treinador da Bodytech.

As diferenças entre os tipos de fibras musculares

Nas fibras do tipo I, é utilizado um sistema de energia aeróbio, que consome o oxigênio do corpo para garantir contrações musculares lentas e uma maior resistência à fadiga. Por isso, elas são mais apropriadas para exercícios de longa duração, como natação e ciclismo.

Já as fibras do tipo II usam glicose e fosfocreatina como fonte de energia, o que dá maior explosão e força nos movimentos, mas também as torna mais suscetíveis ao cansaço. Assim, casam melhor com atividades como corridas de curta distância (até 200 m), musculação e basquete.

Apesar do fator hereditário ser o mais importante para determinar a composição muscular de um indivíduo, é possível mudar as proporções por meio de treinamentos especializados.

“Isso é possível, porque além desses dois tipo, a fibra tipo II possui uma subdivisão – tipo IIA e tipo IIB”, explica Reis. Essa subdivisão permite que algumas fibras mudem as suas características de acordo com o estímulo envolvido, aproximando-se mais da contração rápida ou lenta.

“Por isso, é importante seguir um plano de treinamento adequado ao seu biotipo e objetivo para conseguir desempenhar rendimento e progressões”, afirma Reis.

Além disso o professor deixa claro que não são apenas tipos de fibras musculares que determinarão seu desempenho, pois fatores hormonais e neurais também entram nessa conta.

“O mais importante é saber que seu corpo é único e sempre terá respostas diferentes ao treinamento em comparação ao de outra pessoa”, explica.