O ciclismo urbano em São Paulo tem ganhado destaque recentemente, seja na imprensa, na pauta do governo, ou nas rodas de conversas de amigos. Várias ações têm contribuído para essa, digamos, popularização do tema, mas uma das que se sobressai é o aumento das ciclofaixas e ciclovias na capital paulista.
As chamadas ciclofaixas de lazer funcionam aos domingos e consistem em uma faixa reservada para uso dos ciclistas pelas vias paulistanas ligando os principais parques da cidade, como parque do Ibirapuera, na zona sul, ao parque do Povo, na zona oeste. As ciclofaixas funcionam das 7h às 14h e de acordo com dados da prefeitura, mais de 10 mil ciclistas pedalam por essas vias neste período.
Segundo a própria prefeitura de São Paulo, há muitos pedidos de usuário para ampliar o tempo de funcionamento da faixa exclusiva e também a ampliação do trajeto, pedidos que estão sendo estudados pela administração municipal, principalmente este último. A ciclofaixa deverá chegar, ainda este ano, aos parques da Aclimação, na Zona Sul, e Villa Lobos, na Zona Oeste, até a Cidade Universitária. Com isso, o percurso atual de pouco mais de cinco quilômetros deverá atingir 12 quilômetros livres para bicicletas.
Para os apaixonados por ciclismo as iniciativas ainda parecem tímidas, mas representam um avanço na antiga luta dos bikers para estimular o uso da bicicleta e, claro, criar condições de segurança adequadas para o pedal urbano, principalmente como meio de transporte.
E iniciativas também tem causado impacto no comportamento das pessoas. Um bom termômetro disso é o aumento da venda e concertos de bicicletas que os logistas têm registrado. “O mercado todo de São Paulo e região já sentiu melhoras nas vendas de bikes, março, por exemplo, foi um mês no qual as vendas foram boas”, diz Cleber Anderson, da Anderson Bicicletas, cuja loja fica próxima de uma das ciclofaixas.
Cleber chama atenção para um fato interessante que pode ser observado pelas ciclofaixas. “Nos finais de semana na ciclofaixa, quem conhece bicicleta, percebe um monte de gente que ‘desenterrou’ bicicletas que estavam acumulando poeira nas garanges, pois tem muita bicicleta de modelos muito antigos. Isso mostra que as pessoas gostam de pedalar e se tiverem condições adequadas para isso vão comprar ou resgatar suas velhas bikes para isso”, afirma Cleber.
O uso dessas bicicletas mais antigas acaba movimentando também as oficinas especializadas e das lojas. “É claro que temos que parabenizar essas iniciativas de criar ciclofaixas para uso de lazer, mas é precisamos realmente de investimento para melhorar e adequar as ciclovias, nos moldes das existentes lá fora, para possibilitar um número maior dos chamados ciclistas urbanos, aqueles que usam a bike como meio de transporte mesmo, além do fator saúde”, acrescenta.
“Iniciativas como a Ciclofaixa de Lazer e o Bike Tour estimulam o uso da bicicleta, não só como forma de atividade saudável, mas como alternativa para o transporte em nossa cidade. Prova disso é a freqüência média de 12 mil ciclistas que passam pela Ciclofaixa, entre os Parques do Ibirapuera, das Bicicletas e do Povo, todos os domingos. Em dias de sol, já chegamos a atingir a marca de 20 mil ciclistas e na última edição do Bike Tour, as seis mil vagas foram preenchidas em pouco mais de 30 minutos”, diz o novo secretário Municipal de Esportes Lazer e Recreação, Valter Antonio da Rocha.
“Acredito que esses números apontem, sim, uma mudança de comportamento do paulistano, cada vez mais favorável à prática esportiva e disposto a fazer de São Paulo uma cidade mais saudável”, acrescenta o secretário.
Além da Ciclofaixa de Lazer, estão sendo desenvolvidos projetos para a criação de mais 54,5 quilômetros de ciclovias para funcionamento diário na região do Jardim Helena, na Zona Leste; Jardim Brasil, na Zona Norte; e Grajaú/Cocaia, na Zona Sul.
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