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Acrobacias e sucesso nas redes sociais: conheça a calistenia

Atualizado em 24 de setembro de 2021
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A busca por exercícios ao ar livre e a força das redes sociais impulsionaram a prática da calistenia no Brasil. Com movimentos plásticos que utilizam o peso do corpo e aumentam a força corporal, como flexões intercaladas com palmas, a “bandeira humana” (veja abaixo) e exercícios acrobáticos nas barras, os “calistênicos” ganharam popularidade na internet e despertaram o interesse de pessoas que, até então, desconheciam a prática.

Metodologia que se baseia em domínio corporal, a calistenia é praticada há mais de um século, mas passou por uma reformulação nos últimos anos, ganhando embalo a partir do crescimento dos exercícios funcionais. Pedro Mazzon, fundador do Calistenia Brasil, grupo que difunde a prática da modalidade desde 2013, garante que, apesar da dificuldade que envolve alguns exercícios, o esporte é para todos.

 

Bandeira humana: muita força corporal, olhares curiosos nos parques e curtidas nas redes sociais

 

“As pessoas têm algum preconceito em relação a isso. Sempre escuto que a modalidade não é para qualquer um. Isso só acontece porque os exercícios que ficam mais famosos são os mais difíceis. São movimentos mais artísticos, que acabam chamando atenção nos parques e nas redes sociais. Mas a calistenia tem diversas vertentes, e qualquer um pode praticar. Você não precisa de equipamentos elaborados, usa movimentos naturais e tem um bom custo-benefício”, diz Mazzon.

Embora alguns exercícios de calistenia estejam muito associados aos conjuntos de barras, é possível que um iniciante treine com objetos domésticos, como mesas e cadeiras, ou até mesmo sobre o próprio chão. Equilíbrio corporal e uma “definição muscular fora do comum”, segundo Mazzon, são os principais benefícios da atividade.

 

 

Boa parte dos movimentos trabalha com o princípio da isometria, técnica em que o corpo é mantido em uma posição fixa por um determinado tempo. Assim, é estimulado o trabalho muscular de áreas localizadas e do core, região de abdome, lombar e quadris. Portanto, engana-se quem pensa que só se exercitam os membros superiores.

“A modalidade trabalha com um conceito que nós chamamos de força real. A consequência da calistenia é uma força aplicada no dia a dia. São movimentos naturais, compatíveis com o corpo de uma pessoa. Não é como puxar um cabo de academia. O corpo que uma pessoa conquista na calistenia é diferente. A musculação dá mais volume muscular, enquanto a calistenia proporciona mais qualidade muscular, mais definição. No vocabulário popular, deixa o pessoal ‘trincado’”, diz o fundador do Calistenia Brasil.

Um treino de calistenia dura de 40 minutos a 1h30. Nos parques de grandes cidades brasileiras, tem sido cada vez mais comum ver curiosos gravando vídeos enquanto os “calistênicos” fazem suas acrobacias. Em São Paulo, o Calistenia Brasil tem organizado aulas gratuitas em unidades do SESC.

Confira abaixo um treino voltado para iniciantes: