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O tenista mineiro Marcelo Melo tem boas razões para manter o seu jeito descontraído e brincalhão: em 2015, fechou a temporada como o número um do mundo no ranking de duplas da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Como bom mineiro (ele é de Belo Horizonte), Melo foi “comendo pelas beiradas” até alcançar seu objetivo no tênis mundial: quebrar a hegemonia de dez anos no topo da dupla norte-americana Bob e Mike Bryan, irmãos gêmeos e lendas do esporte.
Uma vez no topo, surgem agora os desafios de se manter na liderança geral em 2016, a defesa de pontos importantes nos grandes torneios, como Roland Garros, onde ele foi campeão ao lado do croata Ivan Dodig. Também busca uma medalha inédita para o Brasil nas Olimpíadas. Em São Paulo para compromissos de um patrocinador, Marcelo Melo falou sobre o Rio 2016, a preparação para a próxima temporada e os seis títulos conquistados neste ano, além da amizade com o também número 1 do ranking, o sérvio Novak Djokovic.
Você fecha a temporada de 2015 da ATP como o melhor tenista do ranking de duplas, com 8.900 pontos, e com a hegemonia de Mike e Bob Bryan quebrada. Já caiu a ficha?
Não totalmente. Esses dias, em Belo Horizonte, meu pai virou para mim e perguntou: “Mas será que é você mesmo o número um do mundo?”. É um orgulho muito grande, a exposição aumentou muito e o reconhecimento, já que desde 2000, com o Guga, o Brasil não tinha um tenista no topo do ranking. O que posso dizer é que me preparei muito para alcançar essa marca, e chegar a ela com os Bryans em atividade, torna a conquista ainda mais especial, já que quando se fala em tênis de duplas, a primeira imagem que vem é a dos Bryans… não tem como ser diferente.
E como tem sido a vida de melhor do mundo?
Tá bem boa (risos). Mas, para ser honesto, eu não esperava gahar seis torneios esse ano, com quatro torneios na sequência (Viena, Xangai, Tóquio e Paris). Voltar a competir no ATP Finals (evento que reúne os melhores tenistas do ano em Londres) e chegar até a semifinal, também me deixa muito contente, com a sensação de que o trabalho tem funcionado. O mais legal de tudo é receber o carinho e reconhecimento de gente que é pouco ligada ao tênis e que vem dar os parabéns.
Como foi a preparação para chegar ao topo do ranking, que foi alcançado nas quartas de final do ATP 500 de Viena?
Desde o começo do ano, eu vi que era possível chegar e o Ivan Dodig (parceiro mais frequente de Melo nas duplas) também entrou forte no circuito para chegarmos à conquista. Só que após o US Open, ele chegou à conclusão de que não conseguiria somar pontos suficientes e voltou a competir mais em simples. Eu continuei acreditando, e com a vitória em Viena, ao lado do polonês Lukas Kubot, passei os Bryans na pontuação.
Quão difícil pode ser a próxima temporada, muito em função pela quantidade de pontos que você precisará defender?
Essa é uma questão que eu venho trabalhando para administrar a algum tempo. Me fizeram a mesma pergunta quando eu entrei no top 10. Depois no top 5 e quando ganhei Roland Garros. O mais importante para mim é continuar jogando bem e em alto nível, para que os resultados continuem como estão.
Como você acha que vai ser seu Rio 2016? Incomoda o fato de ATP ter decidido que o torneio olímpico não contará pontos para o ranking?
Tenho dois objetivos maiores em 2016: ir bem nos Grands Slams e no Rio 2016. Terei poucos dias de férias, pois volto da Ásia dia 22 de dezembro, e 6 de janeiro, já embarco para Melbourne, para o Aberto da Austrália. Competir no Brasil em um evento deste porte é algo especial, e conquistar uma medalha inédita para o tênis brasileiro me motiva muito. E não me importo se terá pontuação ou não na ATP. Só o fato de disputar as Olimpíadas deveria ser o objetivo de qualquer atleta de elite. Acho pensar muito pequeno deixar de fora os Jogos por conta de 300 ou 500 pontos.
Você e o Bruno Soares já decidiram os torneios que vão jogar juntos para iniciar a preparação do Rio 2016?
Eu e o Bruno somos parceiros de muitos anos, só não jogamos mais tão juntos no circuito, mas na Copa Davis e Olimpíadas temos uma história longa. (Os dois participaram dos Jogos de Pequim e Londres, e na capital inglesa, pararam nas quartas de final). Ainda não definimos o calendário para 2016. Ele precisa fechar os torneios que vai fazer dupla com o James Murray (irmão do britânico Andy Murray) e eu os com o Ivan. Só assim, fecharemos os nossos compromissos como dupla do Brasil. Nós treinamos juntos quando estamos em Belo Horizonte, temos o mesmo preparador físico e já existe uma sintonia forte.
Você não vai disputar o evento-teste do Rio 2016 para ir a um evento exibição do Team Tennis na Ásia. Por quê?
Eu já tinha participado em 2014 do Team Tennis nos Estados Unidos e gostei muito. Resolvi aceitar o convite de novo, pois nesse torneio, o tênis é o mais importante, não há preocupação por pontos ou premiação. Se curte o tênis, e isso atrai os melhores, que já tem a vida financeira resolvida e querem ter prazer na quadra, sem pressão. Ainda não conheci as instalações olímpicas, mas creio que estarão ótimas para os Jogos. O pessoal do circuito pergunta muito sobre o Rio… onde ficar, como é a cidade, lugares mais próximos da Vila Olímpica para instalar a família. Não há clima de preocupação com a segurança e, sim, uma atmosfera de euforia.
E sua amizade com o outro número um do mundo, o Djoko, como começou?
Eu e o Djoko ficamos muito próximos em 2007, quando eu venci, junto com o André Sá, o ATP 250 de Estoril, em Portugal. A gente sempre troca mensagens e se parabeniza pelos títulos, fala da família… Ele ficou muito surpreso por alguém conseguir tirar os Bryans no topo do ranking, e até brincamos que no torneio da Ásia vamos fazer uma dupla. Por que jogar simples contra ele não dá, o cara é de outro mundo.
Como você encara o fato de ser uma referência para os jovens tenistas? Que conselhos costuma dar para eles?
Sinto muita satisfação quando um pai traz o filho e me pergunta como é ser um tenista profissional, ou fala que me tem como exemplo. Fico feliz em passar essa mensagem positiva do esporte. Quando eu me aposentar, quero seguir com minha colaboração com o tênis do Brasil, seja como técnico ou algo do tipo. O Brasil precisa melhorar a transição do juvenil para o profissional — muitos se perdem neste processo. A Argentina e a França, por exemplo, costumam levar os jogadores veteranos para orientar os jovens em grandes torneios. É algo que ainda pecamos.
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