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Um dos temas mais discutidos em se tratando de atividade física e saúde é a prática de exercícios durante a gestação. Sabe-se que a mulher grávida necessita de cuidados especiais no transcorrer de sua gravidez e isto se aplica também aos exercícios físicos. Muitas são as dúvidas levantadas sobre este tema, sendo a mais comum aquela que aborda quais seriam os procedimentos mais indicados e seguros para a realização de um programa de atividade física. Privilégio anteriormente do sexo masculino, as mulheres passaram recentemente, a representar um importante grupo na prática da atividade física e, embora persistam controvérsias sobre esta prática no período gestacional, a atividade física vem se integrando de forma crescente nesse grupo. Em décadas passadas, as gestantes eram aconselhadas a reduzirem suas atividades e interromperem até mesmo o trabalho ocupacional, especialmente durante os estágios finais da gestação, acreditando-se que o exercício aumentaria o risco de trabalho de parto prematuro por meio de estimulação da atividade uterina. No entanto, em meados da década de 90, o American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), reconheceu que a prática da atividade física regular no período gestacional deveria ser desenvolvida, desde que a gestante apresentasse condições apropriadas. Segundo pesquisas, as mudanças na sociedade quanto aos direitos de cidadania relativos à posição das mulheres, que se fortaleceram através de movimentos sociais nos anos sessenta, refletiram-se também na assistência pré-natal, ampliando as estratégias implementadas no atendimento, o que contribuiu para que o exercício físico ganhasse ênfase. Muitos são os benefícios provocados pela prática de atividades físicas durante a gestação. Sabe-se que o exercício reduz e previne as lombalgias. A causa das dores é a exacerbação da lordose que existe fisiologicamente. Essa hiperlordose comumente surge durante a gestação em função da expansão do útero na cavidade abdominal e o conseqüente desvio do centro gravitacional. Nestes casos, o exercício físico contribuirá para adaptação de nova postura física, refletindo-se em maior habilidade para a gestante durante a prática da atividade física e do trabalho diário. Na ocorrência de dores nas mãos e membros inferiores, que geralmente acontece por volta do terceiro trimestre, frente à diminuição da flexibilidade nas articulações, a prática da atividade física regular direcionada durante a gestação terá o efeito de minimizá-las, possivelmente por promover menor retenção de líquidos no tecido conectivo. A atividade cardiovascular durante a gestação se eleva comparada ao período não gestacional. No entanto, com a prática regular de exercícios físicos reduz-se esse estresse cardiovascular, o que se reflete, especialmente, em freqüências cardíacas mais baixas, maior volume sangüíneo em circulação, maior capacidade de oxigenação, menor pressão arterial, redução do risco de diabetes gestacional e prevenção de trombose e varizes. Para que a futura mãe consiga essas adaptações fisiológicas benéficas durante sua gravidez, alguns cuidados sugeridos pelo American College of Obstetricians and Gynecologists devem ser levados em consideração. São eles: • Pare o exercício e consulte o seu médico se sentir algum dos seguintes sintomas: Por fim, é necessário que antes de se dedicar a prática da ginástica ou qualquer outra forma de exercício, a gestante consulte o seu médico a fim de saber se eventualmente existem contra-indicações às atividades físicas específicas. Isto é válido, sobretudo, nos casos em que a grávida não tem hábitos de exercício regulares. Equipe SportsLab
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