CBDA e Correios renovam contrato de patrocínio

Atualizado em 07 de fevereiro de 2017
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Na semana passada a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) confirmou a renovação de patrocínio com os Correios por mais dois anos. Ao mesmo tempo trata-se de uma boa e má notícia. A parte boa é que a novela da renovação finalmente chegou ao fim, já que o acordo entre as partes não estava mais em vigor desde o fim do ano passado. A má notícia é que houve uma brutal redução no repasse de verbas de aproximadamente 75% do valor em relação ao último contrato. Com menos dinheiro, cerca de R$ 11,4 milhões para duas temporadas, a CBDA será obrigada a cortar gastos drasticamente, impactando nas ações das modalidades aquáticas.

Entre esses impactos estão prováveis não realizações de campeonatos nacionais das cinco modalidades (natação, águas abertas, nado sincronizado, polo aquático e saltos ornamentais) e cortes de viagens para competições no exterior, algo que foi muito frequente no último ciclo olímpico. A redução de verba também terá impacto nas seleções nacionais para os Campeonatos Mundiais deste ano, o absoluto em Budapeste (Hungria) e o júnior em Indianápolis (EUA). Com isso a convocação da CBDA de levar apenas os oito melhores índices técnicos para os dois Mundiais deverá ser mantida.

Em entrevista a imprensa, o superintendente Ricardo de Moura, afirmou que a entidade passa por momentos delicados. “Será nossa realidade daqui em diante. A CBDA tem que distribuir os recursos entre as cinco modalidades, com a maior parte para a natação, isso fora as despesas administrativas e com pessoal. Por mês, o orçamento deve ser de pouco mais de R$ 90 mil”, disse o dirigente. Os Correios, que estão juntos com a Confederação desde 1991, afirmaram que a redução se deve a situação atual do país. Sem muitas expectativas de conseguir novos patrocinadores a curto prazo, sem calendário nacional e com uma eleição presidencial que deve ser muito brigada a caminho os próximos meses da natação nacional deverão ser bastantes turbulentos.

Por Guilherme Freitas