Alongamento: seu melhor aliado na água

Atualizado em 20 de abril de 2016

Independente da atividade física em questão, o que se vê com frequência por aí é uma rotina parecida: um estica e puxa das pernas, braços e articulações. O alongamento é um dos principais meios de reparar o corpo para o exercício e melhorar a flexibilidade muscular, possibilitando ao atleta maior amplitude no movimento – e também o ajudando a evitar lesões.

Quando o assunto é natação, a prática do alongamento o atleta fica menos suscetível a lesões musculares nos membros superiores e inferiores e inflamações nos tendões e ligamentos. Evita, ainda, problemas no ombro – como tendinite, por exemplo – uma das áreas que mais sofrem durante a prática. O nadador Thiago Pereira já deu a dica, inclusive, em seu perfil no Twitter. “O alongamento é essência na prática de qualquer esporte. Esse do ombro (veja a foto abaixo) ajuda bastante a evitar lesões em nadadores.”

twitter_thiago

Como alongar antes de cair na água?
Na prática, o alongamento é a forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de flexibilidade por meio de movimentos específicos. Dependendo de sua capacidade e objetivo, o movimento pode ser feito com amplitudes que não forcem tanto as articulações, sem grande ângulo de estiramento, ou também forçando o corpo em uma amplitude máxima, que exige maior flexibilidade – mas dentro dos limites morfológicos, para evitar lesões. Ao realizar constantemente a primeira opção, o seu corpo se adaptará gradativamente ao esforço, gerando uma maior amplitude natural (flexibilidade).

O ideal é fazer o alongamento antes do treino com uma duração de 15 segundos (atletas iniciantes e intermediários) e de 30 segundos (avançados) em cada posição. Após o treinamento o exercício também pode ser feito, mas apenas depois de uma “soltura” dentro da água (desaquecimento). Isso porque desta forma o atleta consegue deixar as suas fibras menos “tensas”, o que poderia causar lesões como estiramento.

Além dos períodos pré e pós-treino, o alongamento também pode ser feito, como indica o treinador João Bastos, depois de um banho quente. “Isso fará com que o atleta esteja melhor preparado para o treino do dia seguinte”, garante o especialista.

Benefícios
Para não errar no alongamento, o ideal é conversar com o seu treinador para que ele te ajude no estica e puxa. Mas as melhores séries são aquelas que  trabalham os membros e articulações mais usados durante a natação, como ombros, peitoral, costas e tríceps. Isso pode minimizar possíveis dores e tensões musculares “em até de 90%”, segundo o treinador. Além disso, aumenta a oxigenação do cérebro, melhora a circulação sanguínea, o funcionamento dos órgãos, o posicionamento da coluna vertebral e até a respiração.

(Fonte: Professor João Bastos. Natação competitiva e Treinamento Personalizado. Membro oficial da ASCA (American Swimming Coaches Association), Treinador Chefe da Equipe de Natação de Barueri e Personal Trainer em Aphaville)