Braços à obra na água

Atualizado em 08 de agosto de 2016
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Para definir qual é o melhor ciclo entre pernadas e braçadas, ou seja, o mais confortável para executar um bom ritmo, é preciso avaliar antes de tudo o nível de condicionamento e a habilidade na coordenação. Não coloque em sua cabeça que tem de fazer seis pernadas para uma braçada, 4×1, 2×1 ou qualquer outra combinação sem que ela tenha sido definida com base em testes, durante os treinos. O técnico de natação e especialista em fisiologia do exercício pela Universidade de São Paulo Danilo Bocalini sugere alguns exercícios que ajudarão nessa tarefa.

1, 2, 3 e deslize

Inicie o nado normalmente e, após a entrada da mão na terceira braçada, mantenha o corpo em posição de streamline, com o braço estendido à frente e o oposto colocado rente ao tronco — as pernas devem ficar apenas esticadas, sem movimento. Deixe o corpo deslizar nessa posição mantendo a cabeça na

água, olhando para baixo. Depois do deslize, inicie um novo ciclo com o braço oposto. A intenção desse exercício é ganhar percepção do deslize após a entrada das mãos durante o nado.

6×50 crawl

Exercício dividido em três etapas, que deve ser repetido duas vezes:
1ª parte – 25 metros com ciclo de 2 pernadas para 1 braçada e 25 metros com 6 pernadas para 1 braçada.

2ª parte – 25 metros com ciclo de 4 pernadas para 1 braçada e 25 metros com 6 pernadas para 1 braçada.

3ª parte – 50 metros mantendo as braçadas, mas sem bater as pernas — tentando fazer com que elas permaneçam flutuando. Esse treino melhora a coordenação e alternância dos diferentes ritmos para melhor adaptação durante o nado.

Crawl com um braço

Realize o nado crawl com a ação de apenas um braço na fase inicial da tração, enquanto o outro braço permanece estendido à frente servindo de apoio para melhorar a primeira e a segunda fase das braçadas. Nadar oito séries de 25 metros, alternando quatro braçadas do lado direito e quatro do lado esquerdo. É o suficiente para começar a progredir nessa área.