Natação em águas abertas: uma aliada para o corpo

Atualizado em 09 de fevereiro de 2018
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A natação é considerada um dos esportes mais completos que existem e traz diversos benefícios para quem a pratica, como melhora na postura, equilíbrio muscular, flexibilidade e entre outros fatores. Mas os efeitos no corpo de realizar a natação no mar podem ser ainda maiores do que quem se dedica a dar braçadas e pernadas de um lado para outro na piscina.

“A água do mar pode ser uma boa solução para o seu corpo e para sua saúde mental. Além de exercitar bastante sua respiração e exigir um pouco mais dos seus músculos, o efeito da água salgada também pode ajudar no combate de alguns sintomas, como depressão e ansiedade”, explica Tatiana Horikiri, treinadora do Centro Paulista de Natação (CPN).

Um artigo publicado no jornal neo-zelandês New Zealand Herald, pelo médico Sérgio Alvarez, da Universidade de Newcastle, também ressalta a importância do mar na saúde das pessoas. Segundo ele, o fato da água do mar conter uma quantidade maior de minerais, como sódio, magnésio, cloreto e cálcio, faz com que ela se torne um excelente remédio no combate a doenças de pele, pois esses elementos facilitam na hidratação do tecido.

Além disso, ela também pode ajudar as pessoas que sofrem com problemas respiratórios, como rinites alérgicas ou sinusites. É importante, no entanto, escolher uma praia em que a água do mar seja limpa e própria para o nado.

 

 

Outro ponto a favor da natação no mar é o fato de o exercício em ambientes naturais contribuir para a redução do estresse.  “Por estar em contato com a natureza, nadar no mar pode ser considerado uma terapia para o estresse e uma forma de exercitar a mente”, diz a treinadora.

Do ponto de vista técnico, o desgaste da natação no mar é maior porque exige mais esforço para respiração, além de a corrente muitas vezes atuar como ‘adversária’ do atleta. 

“Ao contrário da respiração na piscina, o exercício no mar é diferente, porque existe um ponto de referência no qual o nadador deve enxergar, no caso, as boias que compõem o percurso da prova. Nesse caso, muitos deles usam a respiração frontal, mais desgastante que a respiração lateral utilizada dentro da piscina”, completa Horikiri.