As novas bases da pirâmide alimentar

Atualizado em 22 de julho de 2016
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Em 1992, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresentou oficialmente o Guia da Pirâmide Alimentar com a intenção de ajudar o público a fazer opções dietéticas que manteriam a saúde e diminuiriam o risco de doenças crônicas.

As recomendações logo ficaram famosas: as pessoas deveriam diminuir o consumo de gorduras e óleos, mas comer de 6 a 11 porções diárias de alimentos ricos em carboidratos complexos – pão, cereais em flocos, arroz, massas, etc. A pirâmide alimentar também recomendava quantidades generosas de verduras, legumes (inclusive a batata, outra fonte abundante de carboidratos complexos), frutas e laticínios, e pelo menos duas porções diárias do grupo das carnes e feijões, que incluía a carne vermelha ao lados das aves, peixes, nozes/castanhas, legumes e ovos.

Mas, mesmo quando a pirâmide estava sendo construída, os nutricionistas já sabiam há muito tempo que alguns tipos de gordura são essenciais para a saúde e podem diminuir o risco de doenças cardiovasculares. Além disso, os cientistas encontraram poucas provas de que o maior consumo de carboidratos é benéfico. Desde 1992, um número crescente de pesquisas indica que a pirâmide tem erros crassos. Ao promover o consumo de todos os carboidratos complexos e a exclusão de todas as gorduras e óleos, a pirâmide dá uma orientação errada. Em síntese: nem todas as gorduras fazem mal, e nem todos os carboidratos fazem bem. Agora, o Centro de Promoção e Política Nutricional do USDA está reavaliando a pirâmide, mas não se espera que essa revisão esteja concluída antes de 2004. Nesse ínterim, construímos uma outra pirâmide que reflete melhor a compreensão atual das relações entre alimentação e saúde. Alguns estudos indicam que pôr em prática as recomendações da pirâmide revista pode diminuir significativamente o risco de doenças cardiovasculares.