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Mitos Nutricionais: condutas erradas que são verdadeiros clássicos

Atualizado em 27 de julho de 2016
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 Acho que todos devem conhecer o dito popular “Médico e Louco todo mundo tem um pouco”. Costumo acrecestar uma palavra nesta afirmação: “Médico,louco e Nutricionista todo mundo tem um pouco”.

Digo isso porque todo mundo tem uma conselho, dieta e/ou alguma estratégia relacionada a alimentação para aconselhar outra pessoa. Existem algumas condutas erradas que são verdadeiros clássicos e que se perpetuam pelos anos, mesmo sendo extremamente criticadas.

Mito: O ganho de massa Muscular e o aumento da ingestão proteica.

Muitos acreditam que para ganhar massa muscular é preciso, além de iniciar ou intensificar os treino de musculação, aumentar a ingestão do proteínas na forma de alimentos proteicos e ou suplementos alimentares.

Por que precisamos comer Proteina?

Ao comermos alimentos ou suplementos que contenham proteínas digerimos esta até a menor parte que as constitue, os aminoácidos. Estes são utilizados pelas nossas células e a partir do nosso código genético vão formar as nossas próprias proteínas, assim sendo utilizadas para formação e reconstrução dos tecido (pele, cabelo, célula muscular) e outros Metabólitos (enzimas, sistema imunológico).

Quanto de proteína devo comer?

Normalmente, quando definimos para os indivíduos saudáveis a quantidade proteica que se deve ingerir diariamente consideramos:

– A massa total do indivíduo definido pelo peso em kg;
– As atividades cotidianas;
– Presença ou não de atividade física. Se for ativo saber quais as caracteristicas deste exercício físico (intensidade e frequencia desta atividade).

Comentário: A pessoa fisicamente ativa deve comer um pouco mais de proteínas do que o indivíduo sedentário. Essa quantidade é definida pelas características da atividade física realizada. Quanto maior o desgaste físico maior a necessidade proteica.

O exercício físico explora mais a capacidade do nosso corpo e com isso danifica um número de células muito maior que uma pessoa sedentária, devido a isto o indivíduo ativo tem uma necessidade de reposição de tecidos e substâncias muito maior, precisando de uma uma maior quantidade de proteínas.

Mas é importante entender que atingimos esta necessidade com pequanas porções de alimentos de fonte proteica, se colocarmos alimentos fonte de proteína em porçõe médias nas refeições, principalmente café da manhã, almoço e jantar já atingimos o suficiente para reestabelecer e nosso metabolismo e aproveitar de forma positiva o estímulo provocado pelo exercício.

Então é errado pensar que quanto mais proteína comer mais músculos vai ganhar, pois existe um limite da capacidade de absoção e utilização das proteínas ingeridas, e conseguimos atingir essa quantidade necessária com quantidades pequenas de alimentos proteicos distribuidos nas refeições diárias.

Os suplementos proteicos podem ser uma estratégia nutricional para alguns casos. Mas antes de usar é importante avaliar a necessidade. A principal diferença dos suplementos proteicos com um alimento rico em proteínas é o tempo de digestão e , consequantemente, absorção dos aminoácidos provenientes desta proteína ingerida e a utilização destes pelas nossas células.

O alimento proteico demora mais para ser digerido e consequentemente ser utilizado pelo nosso metabolismo. O suplemento está com o nutriente mais disponível e a velocidade de digestão e absorção é bem mais rápida, dependendo do momento que for ingerido ele é bem interessante.