Esporte ajuda a alivar sintomas da endometriose pélvica

Atualizado em 21 de dezembro de 2023

A endometriose pélvica foi descrita pela primeira vez por Sampson, um anatomista, em 1921. Trata-se de uma doença enigmática, multifacetada nos seus aspectos causais, no seu desenvolvimento e no seu tratamento. Acomete 10 a 15% das mulheres em idade fértil e 40 % daquelas mulheres que procuram tratamentos para ter filhos em clínicas especializadas.

O estresse, mal comum a todos os seres humanos hoje em dia e presença constante no mercado de trabalho competitivo, quando mal administrado pelas mulheres pode colaborar para o seu desenvolvimento, assim como o adiamento da maternidade também expõe as mulheres ao risco da endometriose.

O esporte pode aliviar seus sintomas porque ajuda a modular a produção de hormônios, como os estrogênios, que colaboram para o desenvolvimento da doença, além de proporcionar a produção de substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar e diminuição de dores, chamadas de endorfinas fisiológicas.

A prática esportiva também é responsável por melhorar a vida social e colaborar para que as mulheres portadoras da doença não se isolem, já que é muito frequente que a mulher portadora de endometriose se sinta diferente das outras mulheres por todo o preconceito que cerca esta doença e se isole, acabando por deprimir-se.

Um programa de oito semanas de caminhadas – com uma frequência de três vezes por semana, duração de 20 a 30 minutos e com intensidade de 40% a 60% da frequência cardíaca máxima – pode reduzir em 30% a intensidade da dor causada pela endometriose e também por outras doenças, como a fibromialgia. Com o passar do tempo, havendo as adaptações fisiológicas à prática esportiva, pode-se aumentar a intensidade e duração da atividade física, o que reduzirá ainda mais os sintomas