Quadros de asma podem ser acentuados no verão; entenda

Atualizado em 06 de fevereiro de 2024

A asma é uma doença caracterizada pela inflamação dos brônquios – o que dificulta a passagem de ar para os pulmões. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), estima-se que no Brasil existem 20 milhões de pessoas asmáticas. Os dados ainda revelam que, anualmente, cerca de 350.000 internações pela doença são registradas no país. E, segundo informações do DATASUS, a doença alcançou a 4ª posição (2,3%) entre os casos mais registrados no Sistema Único de Saúde.

A dificuldade para respirar pode ser desencadeada por fatores como obesidade, alimentação e até mesmo agravamento de quadros alérgicos. No entanto, outras causas, como exercícios físicos e mudanças climáticas são estímulos comuns, principalmente no verão. Nessa estação, o ar sofre variações de temperatura e umidade relativa (UR), o que acaba dificultando a respiração em ambientes internos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a faixa de umidade ideal para a saúde humana deve estar entre 50% e 60%. O aumento da temperatura pode dificultar a hidratação da mucosa e vias aéreas. Já a umidade, quando está acima de 60%, contribui para a o crescimento de ácaros – cujos excrementos, ao serem inalados, podem piorar as crises.

Atitudes paliativas, como a utilização de umidificador, não vão solucionar esses problemas. Na verdade, o aparelho só vai criar condições para a propagação de mais microrganismos nos ambientes e ultrapassar o nível de umidade apropriado. Fungos que formam bolor e mofo também colocam em risco a saúde dos asmáticos, pois esses microrganismos costumam se propagar em roupas de cama, closets, estofados e locais úmidos como cozinhas e banheiros. Caso sejam identificados focos, o ideal é justamente a solução inversa: um desumidificador.