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Quem pratica corrida costuma prestar bastante atenção em muitas partes do corpo, mas com certeza o olho não é uma delas. Mas por que afinal se importar com eles – além do óbvio, que é enxergar o que vem pela frente?
O motivo: durante a prática, eles ficam bastante expostos à poluição, poeira e detritos diversos que podem causar irritações, secura e desconfortos gerais. Costuma-se dar bastante atenção aos perigos da poluição ao trato respiratório, porém a estrutura ocular está também exposta à poluição, uma vez que apenas um filme lacrimal muito fino separa os epitélios da córnea e a membrana conjuntiva dos poluentes do ar. Mas a poluição não é a única vilã para os olhos: longe da corrida, é comum que estejamos em frente a alguma tela luminosa, seja ela do celular, da televisão ou do computador – e isso é um problema.
Quando estamos utilizando telas digitais, dois problemas se juntam: o primeiro é que a luz nociva da tela resseca a camada ocular. Além disso, nas atividades em que estamos compenetrados, é comum esquecermos de piscar, chegamos a piscar metade das vezes se comparado a atividades externas”, explica o oftalmologista e cirurgião ocular Dalton de Freitas Santoro.
Junto das telas e da poluição, outro fator que pode ser incômodo para os olhos é o ar-condicionado. Quem trabalha o tempo todo com o aparelho ligado, seja no carro, seja no escritório ou em casa, já deve ter sentido os efeitos do ressecamento que ele causa. Eles estão presentes, também, em muitas academias – e tornam-se um fator agressivo para os que correm na esteira, por exemplo. “Essa presença do ar condicionado e também dos ventiladores, quando direcionados direto para o rosto, também pode causar desconforto e ressecamento ocular”, completa o médico.
Uma alternativa simples e acessível para combater os efeitos adversos do excesso de iluminação, poluição, ar condicionado e tempo seco são os colírios oculares. Eles podem ser usados antes e depois dos treinos, sobretudo se a corrida é realizada em ambientes que agridem os olhos com detritos e poluição, fator muito comum nas grandes cidades.
“Recomendo sempre ter um colírio junto quando for correr nessas circunstâncias, para pingar antes e depois. Nos dias de tempo extremamente seco, é ainda mais importante, pois é quando esse ressecamento dos olhos aumenta muito”, explica o oftalmologista Dalton de Freitas Santoro.
A seguir, listamos alguns pontos que devem sempre ser levados em consideração, principalmente para quem enfrenta um ar seco e se exercita em condições que envolvem poluição, poeira, e radiação solar.
Colírios
Os colírios têm como função aumentar a viscosidade das lágrimas, prolongando o tempo de retenção, além de protegerem e tratarem contra os danos à superfície ocular. Quem corre em ambientes agressivos aos olhos pode se beneficiar do seu uso antes e depois dos treinos junto com uma boa higiene da região.
Ômega-3
O ômega-3, bastante presente no salmão, pode melhorar a qualidade do filme lacrimal. “Não existem dados conclusivos se realmente o ômega-3 tem esse efeito benéfico, mas acredita-se que sim”, fala o médico. “Por isso, vale ter uma alimentação rica em ômega-3, mas também buscar essa suplementação vitamínica por meio de cápsulas, já que nem sempre é fácil obter uma grande quantidade do nutriente apenas pela ingestão de peixes”. Há, inclusive, suplementos de ômega-3 no mercado com fórmulas específicas para auxiliar no combate ao olho seco.
Óculos especializados para corrida
São vários os modelos disponíveis no mercado que oferecem proteção contra os raios ultravioleta (também prejudiciais à saúde dos olhos), além de evitarem que detritos e poluição entrem em contato direto com o filme lacrimal. Busque sempre modelos esportivos, pois eles têm melhor encaixe e fixação no rosto, evitando que os óculos fiquem caindo ou escorregando.
Higiene
A higiene dos olhos muitas vezes não é feita de maneira correta. “Temos o costume de lavar bem os cabelos, mas esquecemos dos cílios, que devem ser lavados com xampus neutros, removendo, assim, a poluição e melhorando o padrão de lubrificação”, finaliza Dalton.
Telas luminosas
O alto brilho dos celulares, computadores e televisões é prejudicial aos olhos, sobretudo pelo tempo elevado que costumamos passar em frente a essas telas – esquecendo de piscar com frequência. Assim, a dica é tentar diminuir o uso desses aparelhos ao longo do dia e, caso isso não seja possível, ao menos sempre tentar deixá-los com o brilho baixo.
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