ShutterstockFoto: Shutterstock

Como o pilates pode auxiliar o corpo em condições extremas

Atualizado em 08 de agosto de 2023

As respostas fisiológicas do corpo ao exercício em ambientes desfavoráveis podem variar entre os praticantes, mas é certo que alterará rapidamente o estado de saúde dos participantes. O cumprimento de todas as recomendações não garante proteção contra os distúrbios induzidos pelo frio ou calor, mas esses cuidados minimizam o risco de hipertermia, hipotermia, desidratação e problemas resultantes do esforço de e uma corrida, ou de atividades desportivas contínuas.

A produção de calor durante um exercício intenso é de 15 a 20 vezes maior do que em repouso e é suficiente para aumentar a temperatura central do corpo em 1ºC para cada cinco minutos. Por isso, os objetivos principais dos treinadores com os atletas submetidos a essas condições são:

  • Educar os participantes de corridas de longa distância a respeito das formas mais comuns de distúrbios térmicos durante as provas;
  • Alertar os organizadores dessas provas sobre a segurança do evento para com seus participantes;
  • Recomendar a consulta de arquivos locais de meteorologia e definir horários para os eventos quando provavelmente causem menos estresse térmico, minimizando os efeitos deletérios sobre os participantes;
  • Alertar os participantes sobre o estresse térmico no dia da corrida e os distúrbios causados pelo frio ou calor;
  • Acompanhar alguns distúrbios que podem acontecer com o organismo de acordo com a temperatura climática – a perda de suor pelo organismo pode ser muito grande em corridas de longa distância no verão, e pode provocar um déficit de água corporal de 6 a 10% do peso do corredor. Tal desidratação baixa a capacidade de exercício pela redução do volume sanguíneo circulante, pressão arterial, produção de suor e fluxo de sangue, todos inibindo a perda de calor e predispondo o corredor à exaustão pelo calor ou à hipertermia. A exaustão pelo calor representa uma falha em manter as respostas cardiovasculares ao exercício, a uma determinada carga de trabalho, quando em temperatura ambiente alta, e na vigência de desidratação.

Sintomas

  • Cefaleia;
  • Astenia;
  • Tontura;
  • Vertigem;
  • “Sensações de calor” na cabeça ou pescoço;
  • Cãibras;
  • Calafrios;
  • Náuseas ou vômito.

Podem também ser observadas hiperventilação, falta de coordenação muscular, agitação, incapacidade de julgamento e confusão mental.

Com quem pode acontecer?

Todos os casos de exaustão pelo calor podem ser evitados. Os indivíduos mais suscetíveis são aqueles que se exercitam a um percentual maior que sua capacidade funcional, estão desidratados, fisicamente inaptos e não aclimatados ao exercício no calor. É imprescindível que os corredores estejam adequadamente descansados, alimentados, hidratados e aclimatados. Assim, o risco de colapso fica bem menor.

Os corredores também não devem se exercitar se estiverem com alguma doença, infecção respiratória, diarreia, vômitos ou febre. As taxas de mortalidade e de lesão de órgãos devido ao colapso pelo calor são proporcionais à duração do período entre a elevação da temperatura central, e o início da terapia de resfriamento.

Resfriamento

Muitas técnicas de resfriamento do corpo têm sido utilizadas para tratar o colapso pelo calor ocorrido com o exercício, incluindo a imersão na água, aplicação de toalhas ou folhas molhadas, vento de helicóptero e bolsas de gelo no pescoço, axilas e regiões inguinais. Há discordância em diferentes estudos sobre qual seria o método mais eficiente, pois diferentes tipos têm sido utilizados com sucesso. O pilates vem sendo utilizado preventivamente como forma de recuperação e resfriamento, principalmente pelo trabalho de ventilação interna e também por existirem muitos exercícios do método indicados para esse tipo de processo, acelerando a resposta de melhora da funcionalidade do corpo.

 

Fonte: Rafaela Porto, educadora física formada pela STOTT PILATES desde 2007 e com certificação internacional desde 2010.