Mudar faz bem: veja os benefícios de variar seu treino de corrida

Atualizado em 15 de junho de 2023

Quantas vezes você mudou ou variou o seu treino de corrida? Terreno, velocidade, inclinação… Muitos corredores têm o hábito de fazer sempre o mesmo treino, no mesmo lugar, do mesmo jeito, e esquecem que para evoluir o corpo se precisa de estímulos diferentes.

Quando fica muito fácil correr certa distância ou ritmo, provavelmente é hora de variar o treinamento. “Ao mudar o estímulo, você estimula seu cérebro – que fica mais forte e eficiente“, explica Victor Acioli, pós-graduado em biomecânica do exercício.

Por exemplo, correr em uma descida ajuda a ativar músculos ligeiramente diferentes do que os que você usaria se tivesse de saltar a raiz de uma árvore em uma corrida de montanha, por isso é tão fundamental se preocupar com a base do treinamento, executar os movimentos básicos da corrida de forma correta e caprichar no fortalecimento antes de sair correndo muito por aí. “Para fugir de lesões no esporte você precisa buscar diferentes exercícios, variar o esforço e não esquecer nunca de trabalhar a musculatura de forma global, tridimensional, que é como nos movimentamos”, explica Amanda Iácono, treinadora funcional.

Corridas diferentes ajudam seu corpo a melhorar a resistência muscular e respiratória e melhoram também a economia de corrida. Ou seja, você consegue correr mais rápido sem gastar mais energia para isso. Saiba mais abaixo:

Dicas para variar o treino de corrida

  • Não deixe de treinar velocidade. Nas subidas ou em sprints, adicione pequenos treinos de velocidade sempre que puder. Por exemplo: durante um treino de rodagem de 30 minutos, tente acelerar no primeiro minuto de cada quilômetro que for correr. Depois, volte ao ritmo normal e repita até o final;
  • Explore uma rota que você nunca tenha feito antes. Isso ajuda a “refrescar” a mente e você ainda conhece novos lugares correndo. Que tal mudar o caminho dos treinos longos de sábado e “se perder” por aí?
  • Explore os lugares correndo. Na praia, vá correr na areia. No campo ou em parques, corra na grama. Esses tipos de terreno ajudam no fortalecimento muscular e cardiovascular sem impactar nas articulações;
  • Sempre que encarar uma subida, tente fazer um sprint curto no começo do trecho e depois volte ao ritmo normal;
  • Nos treinos longos, tente controlar seu ritmo para sobrar uma energia extra no fim para o sprint final. Ou no último quilômetro, faça de dois a três tiros de um minuto, antes de diminuir a velocidade e terminar o treino;
  • Corra mais em trilhas. “As trilhas ajudam a acionar os pequenos músculos, conhecidos como proprioceptivos. Como a maioria delas é acidentada e imprevisível, faz você trabalhar o cérebro também”, continua Amanda Iácono.