Triathlon: Passado, Presente, Futuro...

Atualizado em 25 de julho de 2016

O triathlon, como a maioria dos esportes, foi criado de forma lúdica. Diz a lenda, que o esporte começou em San Diego, como parte do treinamento de corredores, que durante as férias dos treinos eram instruídos a nadar e pedalar para não perder a forma física. No início dos treinos, o técnico realizava um pequeno evento que reunia natação, ciclismo e corrida para testar quem realmente havia feito o recomendado. Com o tempo, os bombeiros se interessaram, e já da pra imaginar o final desta história.

Paralelamente, iniciou-se o Ironman, uma prova de ultra-resistência onde o atleta procura vencer não apenas seus oponentes, o percurso e o clima, mas principalmente, como dizem os americanos, seus “demônios internos”. É uma luta contra si mesmo, onde todos torcem para saírem vencedores.

O Ironman foi a modalidade do triathlon que mais rapidamente se popularizou no mundo até o início dos anos 90. Com seu aspecto individualizado em satisfação pessoal quanto ao resultado ou participação, o esporte moldou um perfil triatlético que é visto até hoje na personalidade da maioria dos triatletas.

No entanto, a partir dos anos 90, uma outra entidade começou a ganhar muita força no mundo do triathlon. A ITU – International Triathlon Union, passou a ter como objetivo primordial a inclusão do esporte nas olimpíadas. Esta nova ordem mundial para o triathlon, determinou algumas exigências quanto a padronização de regras, formalização de entidades regentes do esporte e principalmente capitação de novos adeptos para se conquistar um status olímpico.

Na maioria dos países houve um choque logo no início. A determinação de novas regras, a liberação do vácuo, a padronização de clips e quadros e a proibição de rodas batiam de frente com toda aquela individualidade inicial do esporte vista no Ironman. Na maioria dos países estas regras já foram muito bem aceitas e nos Estados Unidos ainda há divergências quanto aos rumos do esporte que eles criaram e o mundo mudou. E como ficaram as coisas no Brasil?

Desde que a ITU passou a liderar o triathlon no mundo, houve uma pressão para que cada uma de suas filiadas passasse a organizar o esporte dentro de seu próprio país. Os passos para isso são simples, claros, mas extremamente difíceis de serem realizados. A falta de estrutura, dinheiro e apoio são algumas das barreiras. Iniciou-se então, a passos curtos, uma formalização do esporte no país.

Com a elevação do triathlon a esporte olímpico e as entidades passaram a ser mais respeitadas pelos atletas. Com uma melhor estruturação da CBTri, aumentando a autonomia e responsabilidade das entidades estaduais, iniciou-se uma maior formalização do esporte, uma realidade na maioria dos países da Europa e Oceania.

No Brasil, a cada ano, os passos dos atletas dentro do âmbito formal do esporte se tornam mais justos e controlados. A cada ano as seletivas regionais se tornam o passo mais importante na carreira de um atleta, pois sem elas, se torna impossível alcançar os Campeonatos Nacionais e Mundiais do esporte.

COMO POSSO DISPUTAR UM CAMPEONATO MUNDIAL DE TRIATHLON?

Às vezes a participação em um Mundial é mais fácil do que se imagina. Dependendo da categoria de idade e sexo do atleta, algumas categorias vão incompletas para os campeonatos mais importantes.

Os passos são os seguintes:
1) Participação nas seletivas estaduais.
Para 2003, teremos em São Paulo, um novo sistema de pontuação semelhante ao do tênis ou da elite do triathlon. As provas terão pontuação distribuída de acordo com a sua importância no Calendário Oficial. Na época da convocação, selecionaremos os atletas melhores rankeados para irem ao Brasileiro da modalidade.

Haverá 02 ETAPAS OFICIAIS com distância OLÍMPICA e maior pontuação distribuída para o ranking. Essas etapas são de participação OBRIGATÓRIA para todos os atletas interessados no Campeonato Brasileiro de Triathlon. A convocação por critérios técnicos se restringe a atletas que se inscreveram nas duas etapas oficiais, e apesar de um histórico vitorioso no esporte, não somaram pontos suficientes devido à problemas técnicos (mecânicos) ou de saúde durante os eventos seletivos.

2) Participação e classificação no Campeonato Brasileiro.
Além da participação exigida na etapa nacional, o atleta interessado em um Campeonato Mundial, deverá se classificar com índice técnico. Desta forma, além de participar, o atleta deverá estar dentro de uma zona de tempo a partir do tempo final do primeiro colocado da mesma categoria.

3) Campeonato Mundial.
O atleta classificado recebe uma convocação oficial da CBTri e um uniforme da Seleção Brasileira de Triathlon. Em 2003, o Campeonato Mundial de Triathlon será realizado na Nova Zelândia e você não vai querer ficar fora dessa!

QUAIS AS VANTAGENS DE ME FEDERAR?
Os atletas federados, são os atletas mais importantes do estado para qualquer órgão oficial esportivo. Apenas federados, poderão participar das provas OFICIAIS do calendário estadual e nacional. Temos hoje um atendimento personalizado para atletas federados, no qual auxiliamos na solução de problemas decorrentes da prática do esporte, dúvidas sobre regras, entre outros. Quem já precisou, sabe o quanto funciona. Apenas as provas oficiais aprovadas pela Federação têm garantia de qualidade e de aplicação das regras. A Federação não responde por provas nas quais não há chancela oficial.