Uma brasileira no Ultraman

Atualizado em 04 de agosto de 2016
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A triatleta e treinadora Vanuza Regina Maciel está prestes a realizar um sonho. O nome dela já consta na seletíssima página com a relação dos (poucos) atletas que disputarão a edição 2007 do Ultraman, prova de triathlon com duração de três dias, que começa no próximo dia 23, no Havai. Vanuza é a única brasileira na prova, aliás, é a segunda triatleta nacional a participar da competição, que existe desde de 1983.

Aos 37 anos, esta curitibana que reside em Florianópolis há 19 anos tem imprimido um ritmo de treinos fortíssimos para realizar o sonho de participar do Ultraman. Era uma meta. Como todas as outras que foi alcançando em seus 15 anos de triathlon. “Há algum tempo eu tinha colocado como objetivo participar do Ultraman depois dos 35 anos, e agora vou realizá-lo”, diz confiante ao ativo.com.

Vanuza é professora de Educação Física e tem uma empresa de assessoria esportiva, onde treina triatletas e coorredores, parte do seu ocupadíssimo dia-a-dia também é dedicado ao projeto de triathlon infantil com a Academia Racer. O dia começa às 6h00 da manhã e só termina às 22h00. O treinamento mais intenso, focado no Ultraman, começou em julho deste ano. A rotina puxada é realmente necessária. Em três dias provas, ela terá como desafio nadar 10 km e pedalar 146 km no primeiro dia. No segundo dia são 275 km de ciclismo e no terceiro terá que correr duas maratonas, ou seja, 84 km.

“Treino seis vezes na semana. Durante a semana faço treinos de seis horas em média, e no final de semana treino de 10 a 12 horas. E já fiz alguns treinos simulados da prova”, conta. Apesar do ritmo mais intenso, Vanuza já vem de uma grande preparação que fez para o Ironman Brasil Telecom, disputado em sua cidade. “Tenho como vantagem o fato de morar em Jurerê Internacional, um local privilegiado para treinar, onde posso nadar, andar de bike e correr”, acrescenta.

A meta de participar do Ultraman foi traçada para ser cumprida a longo prazo, e Vanuza conta de onde surgiu o interesse por esta duríssima prova. “Comecei no triathlon há 15 anos e, nesta época, todo mundo que conhecia ou ia para o esporte era por conta do Ironman, já que não existiam muitas provas naquele tempo. Eu comecei me dedicar às provas em 98 e em 99 fiz meu primeiro Ironman, que somam 12 atualmente, sendo dois no Havaí. Daí decidi que um dia iria para o Ultraman”.

Apesar de contar com o patrocínio da Koerich Engenharia e Telecom, por questões burocráticas, para realizar o sonho de competir no Ultraman no Havaí Vanuza terá que desenbolsar todos os seus custos, de passagem a inscrição. Mas o sonho compensa.

No ano passado, Vanuza conseguiu acrescentar outro esporte a sua dura vida de triatleta e treinadora: as corridas de aventura, com direito a participar de alguns dos principais circuitos do país, como o Brasil Wild. Somente em junho participou de cinco provas diferentes. Agora a obstinada triatleta pensa apenas no Ultraman, onde espera conseguir completar a prova dentro de suas metas.