Canabidiol e tetrahidrocanabinol: entenda seus usos terapêuticos

Atualizado em 27 de março de 2024

O universo da cannabis medicinal é marcado por descobertas e pesquisas contínuas. Nesse cenário, duas substâncias destacam-se: o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), ambos encontrados na planta Cannabis sativa. Apesar de sua origem comum, estas substâncias possuem propriedades específicas e aplicações terapêuticas variadas. O CBD é amplamente utilizado por suas propriedades anti-inflamatórias, ansiolíticas, antiepilépticas, antidepressivas e antipsicóticas. “O canabidiol é um aliado na clínica diária, oferecendo benefícios sem alterar a percepção da realidade do paciente”, destaca a Dra. Maria Klien, psicóloga, empresária do ramo e especialista em cannabis medicinal.

Em termos de aplicação clínica, o CBD tem mostrado eficácia no tratamento de doenças autoimunes, ansiedade, distúrbios de pânico, epilepsia e condições neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. Além disso, é usado em casos de esquizofrenia e outras psicoses, funcionando como um complemento aos tratamentos convencionais. Por outro lado, o THC é muito eficiente para o alívio de dores crônicas e indução do sono.

O THC pode ser benéfico em alguns casos, mas requer um controle rigoroso para evitar efeitos adversos, um especialista é capaz de combinar com outros componentes químicos da planta para reduzir possíveis efeitos colaterais.”, explica a Dra. Maria Klien.

As propriedades terapêuticas do THC incluem ação analgésica, relaxante muscular, sedativa e neuroprotetora. Também é reconhecida por sua eficácia como antidepressivo e antiemético, principalmente no controle de náusea e vômito associados a tratamentos quimioterápicos. O THC ainda é utilizado em casos de dores crônicas, insônia, também em doenças neurodegenerativas, transtornos de humor, caquexia, além de combater náuseas e vômitos, sendo também prescrito para pacientes com esclerose múltipla.

“A combinação de CBD e THC pode potencializar os efeitos terapêuticos, com uma resposta mais rápida para a demanda do paciente que está sendo tratado”, ressalta Dra. Klien. O uso equilibrado dessa substância é uma área de intenso estudo, buscando maximizar todos os benefícios em prol de um tratamento humanizado e mais sinérgico com a natureza do corpo.

O debate sobre o uso medicinal da cannabis é complexo e envolve questões legais, médicas e sociais. No Brasil, a regulamentação da Anvisa permite o uso de medicamentos, mas com a prescrição correta e a obediência a todos os protocolos específicos. Dra. Maria Klien, por meio de sua experiência clínica e empresarial, reforça a importância da educação sobre a cannabis medicinal. “É fundamental desmistificar o uso da cannabis, entendendo que, como qualquer medicamento, quando utilizado de forma responsável e sob orientação médica, pode trazer benefícios consideráveis”, conclui.

A cannabis medicinal continua a ser um campo fértil para pesquisa e inovação, com o CBG, CBN além do CBD e o THC no centro das atenções. Acompanhando os avanços científicos e as mudanças nas políticas de saúde, a sociedade caminha em direção a um entendimento mais profundo e uma aplicação mais eficaz dessas substâncias.