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China usa reconhecimento facial para evitar pipocas e trapaça em corridas

Atualizado em 08 de outubro de 2018
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A Maratona Internacional de Hangzhou, na China, usará um software de reconhecimento facial para evitar trapaça de corredores. A ideia é utilizar o programa para impedir que atletas troquem de número de peito uns com os outros, ou falsifiquem o identificador na prova, marcada para dia 4 de novembro.

Esta é a segunda grande prova chinesa a adotar a tecnologia de reconhecimento facial. No último ano, o software foi utilizado na Meia-maratona de Pequim, em que 20 mil pessoas fizeram a varredura biométrica.

Além da participação de pessoas que não se inscreveram na prova e falsificam o número de peito, a iniciativa tenta barrar uma prática cada vez mais comum na China: a troca de números de peito. Com o “medo do fracasso” alimentado pelas redes sociais, corredores pagam atletas mais rápidos para utilizarem seus números e registrarem tempos melhores em seus nomes.

O problema já ocorreu na própria Maratona de Hangzhou, em 2016. À época, os atletas envolvidos na trapaça receberam uma punição de dois anos de suspensão.

A Maratona de Hangzhou conta com apoio de organização da Alisports, divisão de esportes da gigante de comércio eletrônico Alibaba Group, que implementará o software de reconhecimento facial na prova. A empresa já vem testando o equipamento para outras funções — como efetuar pagamentos e até fazer check-in em hotéis.

Além disso, a prova é patrocinada pelo aplicativo fitness do grupo, que contém um jogo que faz uso da rota da maratona e inclui 20 desafios relacionados à natureza, comida e cultura da cidade. Os participantes bem sucedidos no jogo compartilharão um prêmio total.

Outro aplicativo desenvolvido especialmente para a maratona permite que um participante compartilhe seu progresso em tempo real com seus amigos e receba apoio via comunicação de voz.