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O fenômeno das crews de corrida pelo mundo

Atualizado em 11 de setembro de 2018
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Graças às crews de corrida, suor, dores, cansaço e superação vêm se tornando cada vez mais comuns nas calçadas das grandes cidades do mundo. Esse fenômeno deixa claro que foi-se a época em que correr era uma prática solitária. A corrida passou a ser coletiva e democratizada.

Corredores se reúnem nos grandes centros para praticar o esporte que tanto amam, curtir as selvas de concreto em que vivem e incentivar novatos no esporte, como ocorre semanalmente no Vem Pro Corre – o grupo se reúne todas as terças-feiras na Praça do Ciclista, às  20h15 para 5 km pela avenida Paulista.

Esses movimentos de corrida nasceram nas grandes metrópoles dos Estados Unidos e da Europa. Um dos epicentros do fenômeno é Nova York, onde os Resident Runners superam os obstáculos urbanos e o caos de uma das cidades mais populosas do mundo, reunindo dezenas de pessoas em seus treinos semanais, sempre com início no bairro do Brooklyn.

O grupo  tem como lema “não há nada melhor do que se perder em Nova York, enquanto corre”, incentivando os participantes do movimento a descobrirem a cidade de uma maneira diferente da usual.

Na Europa, cada país tem sua particularidade. Berlim, palco de uma das principais maratonas do mundo, tem sua  riqueza histórico-cultural explorada pela Berlin Running Society  Fundada pelo “Coach Philipp“, em 2016, o grupo tem como objetivos incentivar e ajudar os corredores, vindos de todas as partes da cidade, a superarem seus desafios pessoais e interpessoais.

Já em Londres, o London Brunch Club tem como principal característica encerrar suas corridas, realizadas aos fins de semana, em um restaurante. Para que todos possam desfrutar de um brunch e relaxar conversando após alguns bons quilômetros percorridos pela capital inglesa. 

O movimento das crews e comunidades desembarcou no Brasil de forma tão diversa quanto o País, mas com força especial em São Paulo e no Rio de Janeiro. Há grupos que usam a corrida para manifestar causas sociais, como a Ghetto Run Crew, da Cidade Maravilhosa, ou para explorar uma cidade reconhecidamente pouco amistosa a pedestres, por exemplo, caso do paulistano Vem pro Corre.

Esta começou a tomar forma ainda este ano, mas reúne semanalmente, em média, 80 pessoas, entre novatos buscando completar 5 km de corrida pela primeira vez, corredores buscando uma variação de cenário durante o treino e até pessoas buscando novas amizades com interesses comuns.