Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Fui desde o primeiro momento defensor de projetos como o Breaking2 e Ineos 1:59 por acreditar que eles trazem fomento ao esporte, dão visibilidade a modalidade e trazem na sua esteira (com o perdão do trocadilho) um desenvolvimento atlético, clínico e de pesquisa e inovação, principalmente, no caso do projeto capitaneado pela Nike que teve três anos de duração de sua idealização à prova final como relatei neste último artigo.
Porém devo concordar com alguns críticos que frisam alguns pontos. Em um esporte em que em um segundo o atleta pode ir do céu ao inferno, um certo preciosismo nas palavras faz bem. O primeiro ponto é que o queniano Eliud Kipochoge não correu “uma maratona” e sim correu “a distância” da maratona, ou 42.195 metros sub-2 horas. É diferente.
Maratona é uma modalidade esportiva regida pela Word Athletics (ex-IAAF) e essa tem suas regras que devem ser respeitadas para que seja considerada maratona. Tanto é que nem o Breaking2 nem o Ineos 1:59 Challenge levam em seus nomes a palavra “Marathon”, perceberam?
E o por que é diferente? Pois em ambos os projetos a única coisa que se assemelhava a uma maratona é o fato de terem a distância oficial de 42.195 m, mas com várias quebras de regras, como uso de carro com facho de luz que dita o ritmo quase exato à meta (esse tira um dos elementos mais bacanas de uma competição que é a noção de ritmo imposta pelo atleta ou pacers); atletas quebra-ventos, escolha da hora exata da largada quando as condições estão favoráveis e a falta de oponente, o que por si só desconfigura os desafios como competição.
Outro ponto que os críticos desses projetos apontam e tenho que concordar com eles é que como sabemos uma “mentira ou meia verdade repetida milhares de vezes vira verdade”. Explico: de tanto as pessoas falarem que “Kipchoge correu uma maratona sub-2 horas”, isso vira verdade e quando um atleta o fizer na forma de maratona oficial sempre vai haver as pessoas que falarão: “não, o primeiro a quebrar foi Kipchoge”, fazendo com que o feito de uma real maratona oficial sub-2 horas seja posta como algo secundário e não dando valor ao feito do “primeiro homem a correr uma maratona sub-2 horas”, que pode até ser o Kipchoge num futuro próximo.
Assim faço a pergunta: “Quando que o primeiro homem correrá uma maratona sub-2 horas?”, porque até o momento, queiram ou não, esse fato ainda não aconteceu. O que aconteceu foi que um homem quebrou a barreira das 2 horas na distância da maratona, mas com ajuda, o que é proibido em uma maratona pelas regras atuais.
Repito: o feito do Eliud Kipchoge foi fantástico, mas é importante saber separar as coisas.
Publicidade
Publicidade
Compartilhar Certificado
Salvar Pdf
Salvar Imagem
Cookie | Duration | Description |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |