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O perigo do overtraining

Adriano Cunha
Atualizado em 15 de julho de 2019
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Quem já não escutou de diversos amigos e conhecidos que iniciam as corridas sem orientação especializada de um profissional, que dia após dia correm mais, sem respeitar a sua individualidade fisiológica ou regeneração muscular? Eu creio que muitos, infelizmente. Esse cenário promove o que conhecemos como “overtraining”, um acúmulo de fadigas musculares, fisiológicas, psicológicas e que pode demorar semanas ou até meses parar ser reequilibrado (Noce, 2011).

Fisiologicamente, o tecido muscular é capaz de produzir força quando ativado. No entanto, a incapacidade de produção de força de forma repetida é caracterizada como fadiga neuromuscular, sintoma que pode durar por vários dias ou semanas.

As causas da fadiga neuromuscular durante o exercício físico podem ser de regiões corticais e subcorticais do cérebro (central) ou no tecido muscular esquelético (periférico).

Muitas vezes quando treinamos, não temos essa percepção por acreditar apenas nas dores provocadas durante o treino, seja pelo excesso de tensionamento (microlesões musculares), dos substratos metabólicos (ácido lático ou lactato) e/ou pela falta de recuperação adequada.

Porém, uma cadeia de eventos pode interromper o envio do potencial de ação cerebral (estímulo nervoso) até o seu músculo, provocando a perda de desempenho do exercício físico e até mesmo o fim da atividade

Ou seja, a insuficiência de estímulos nervosos pode, sim, ser um limitador para sua corrida e é preciso tentar entender o porquê disso.

O papel do coach nesse processo é fundamental para o planejamento de todos os treinos envolvidos e, principalmente, no posicionamento perante o cliente que não respeita os descansos recomendados.

Por isso, tenha sempre um profissional de educação física especializado ao seu lado e bons treinos!

Adriano Cunha

Adriano Cunha

Fundador do Grupo Upper Life (www.grupoupperlife.com), formou-se em Educação Física e atuou como personal trainer e em cargos de liderança por oiyo anos no Instituto Levitas. Além disso, trabalhou e estudou em projetos na USP, InCor e Unifesp, palestrou em centros universitários como FMU, Unianchieta e USCS , e conheceu a área da Educação Física em quatro continentes. Escolhido em 2017 pelo Governo da Catalunha para mapear o mercado brasileiro de corrida no Brasil.

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